Eritropoetina Estudos e Pesquisas

 

Eritropoetina o que é:

Eritropoetina, também conhecida como Epo Humana, é um hormônio glicoproteíco, ou melhor, uma glicoproteína secretada pelos rins que participa/influencia a maturação dos eritrócitos (glóbulos vermelhos). Os rins respondem por aproximadamente 90% da produção da eritropoetina endógena, enquanto o fígado sintetiza cerca de 10%.

Eritropoetina função:

A eritropoetina é caracterizada como um fator de crescimento, sendo classificada como um fator de crescimento específico por atuar ou exercer suas funções essencialmente sob as células vermelhas do sangue, uma vez que aumenta a produção de eritrócitos maduros, ou seja, glóbulos vermelhos do sangue.

Eritropoetina para que serve?

A Eritropoetina recombinante humana (rHuEPO) é similar à eritropoetina endógena, ela é composta também pela mesma quantidade de aminoácidos que a eritropoetina fabricada pelo organismo, ou seja, 165 aminoácidos.

Essa eritropoetina sintética é obtida através da técnica de DNA recombinante. A  técnica consiste no isolamento e clonagem do gene da Epo Humana. O gene clonado é expresso em células de ovários de hamsters chineses, possibilitando a produção massiva da rHuEPO.

Segundo pesquisas [1], eritropoetina humana recombinante (rHuEPO) foi disponibilizada de forma expressiva pelo mercado em meados de 1980, devido ao surgimento da técnica/tecnologia do DNA recombinante. Porém, sua comercialização na forma sintética (rHuEPO) somente foi disponibilizada em torno de 1983, período no qual passou a ser administrada na clínica médica, auxiliando na melhora da qualidade de vida de indivíduos que devido a determinadas patologias necessitavam de grandes quantidades de transfusões de sangue, ou para auxiliar no tratamento da anemia decorrente da insuficiência renal crônica.

Eritropoetina anemia:

Além de ser comumente indicada para o tratamento da anemia em pacientes  portadores de insuficiência renal crônica, inclusive para pacientes em diálise, a Eritropoetina recombinante (rHuEPO) é igualmente indicada nas seguintes condições:

- Eitrooetina é indicada para o tratamento da anemia em pacientes com AIDS que estejam sob tratamento de Zidovudina - AZT (medicamento antirretroviral);

- Eritropoetina também é destinada ao tratamento da anemia em pacientes oncológicos, nos quais a anemia se origine do efeito do tratamento quimioterápico.

É essencial ratificar que a eritropoetina (rHuEPO) não é utilizada para corrigir de forma imediata quadros de anemia severa/grave, sendo, portanto, indicada para a substituição da necessidade de tratamento de anemia com transfusões de sangue.

Eritropoetina doping:

- Eritropoetina atletas:

A eritropoetina sintética ou (rHuEPO) tem sido utilizada ilegalmente como uma espécie de agente ergogênico por atletas. A eritropoetina pode influenciar, ou melhor, favorecer a resistência aeróbica e retardar a sensação de fadiga, pois estimula ao aumento dos eritrócitos no sangue, aumentando assim a oxigenação, uma vez que aumenta a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue para os tecidos e músculos durante a atividade física/ exercício físico.

Desde 1987 o uso da eritropoetina no esporte é proibido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e considerado como doping.

Eritropoetina (rHuEPO) apresentações disponíveis no mercado:

- Eritropoetina 4000;

- Eritropoetina ampola;

- Eritropoetina alfaepoetina ou Eritropoetina alfa.

Eritropoetina estudos:

- Anemia associada à insuficiência renal crônica:

Segundo um estudo clínico realizado para avaliar a segurança e a eficácia clínica do uso subcutâneo da Eritropoetina no tratamento da anemia decorrente da insuficiência renal crônica (IRC) [2], onde foram avaliados 24 pacientes com IRC terminal em hemodiálise ou diaálise peritonial, 88% dos pacientes tratados à base de eritropoetina humana recombinante conseguiram atingir o hematócrito alto (30-36%) durante as 12 semanas que conduziram o estudo. As necessidades de transfusões de sangue para tratar a anemia foram reduzidas de 94% pré-uso do fármaco para 14% pós-uso do medicamento, tais resultados foram obtidos durante as 12 semanas de tratamento e pesquisa. O estudo aponta ainda que foram detectadas reações adversas moderadas. A pesquisa indica que o aumento da hipertensão preexistente foi devidamente controlado em todas as situações com aumento das concentrações/doses dos medicamentos anti-hipertensivos.

O mesmo estudo também avaliou o efeito terapêutico e farmacocinético da administração intravenosa e subcutânea da eritropoetina humana recombinante no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crônica terminal (IRCT). Para compor este estudo clínico foram selecionados 25 pacientes portadores de IRCT em hemodiálise ou diálise peritoneal. Tais pacientes foram medicados à base de eritropoetina durante 16 semanas. Os resultados obtidos através do estudo clínico indicaram que 92% dos pacientes tratados à base do medicamento conseguiram atingir o hemotócrito alvo em 12 semanas de tratamento. Verificou-se o aumento global médio de hematócrito de e 9,5% e de hemoglobina de 2,7 g/dl durante as 16 semanas de tratamento. Segundo dado deste mesmo estudo não foi verificado a necessidade de transfusões decorrentes de anemia associada à insuficiência renal crônica terminal, com exceção para reposição sanguínea devido à perda acentuada/aguda decorrente de cirurgia ou acidente dialítico.

Eritropoetina como usar?

É essencial que a administração da eritropoetina humana recombinante seja indicada pelo médico. Somente o médico está apto para recomendar a maneira apropriada para utilizar este medicamente, seja em termos de dosagem como de administração.

Eritropoetina Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária:

A Agência Nacional de Saúde (ANS) estipulou recomendações específicas para a administração da eritropoetina humana recombinante. Não utilize o medicamento sem orientação e acompanhamento médico

Eritropoetina comprar:

 

Eritropoetina artigos consultados:

 

[1] - http://www.umc.br/artigoscientificos/art-cient-0074.pdf

[2] -http://www.bio.fiocruz.br/images/stories/pdfs/monografia/monografia_epo.pdf

[3] - http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/estudos/article/viewFile/138/104